sexta-feira, 1 de julho de 2011

PF prende até policiais por contrabando de cigarros

A Polícia Federal estava desenvolvendo ontem em Curitiba,e outras cidades do interior, as ações da fase ostensiva da Operação Nicot.



A Polícia Federal (PF) estava desenvolvendo, ontem em Curitiba, Campo Mourão, Faxinal e outras cidades do interior, as ações da fase ostensiva da Operação Nicot, para repressão do crime de contrabando de cigarros.
Estavam sendo cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e 7 para prisão preventiva de investigados. Até às 16h, 14 pessoas foram presas pela PF, entre elas cinco em flagrante. Dentre os detidos, estão 3 servidores da Polícia Civil do Paraná, investigados com apoio da Corregedoria da Instituição.
Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), os presos estão sendo encaminhados à sede da PF, no bairro Santa Cândida. Os servidores policiais serão entregues à custódia da Polícia Civil.
As investigações que deram início à NICOT começaram há 8 meses, com base em informações encaminhadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-PR.
Durante a fase investigativa, foram realizadas várias prisões em flagrante por contrabando e apreensão de 8 caminhões carregados com cigarros, trazidos ilegalmente do Paraguai para revenda na capital, Região Metropolitana, interior e litoral do Estado.

Mundo tem até 360 milhões de armas ilegais, diz ONU

Existem mais de 600 milhões de armas de fogo de pequeno porte em circulação no mundo, sendo que de 40% a 60% dessas são ilegais, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU).
Tais armas seriam responsáveis pela morte de 500 mil pessoas ao redor do mundo por ano – 300 mil em conflitos armados e 200 mil em homicídios ou suicídios.
O caminho da legalidade, em que a arma é registrada oficialmente, para a ilegalidade tem inúmeras formas.
Peter Squires, professor de criminologia da Universidade de Brighton, diz que na Grã-Bretanha, por exemplo, a maioria vem do exterior.
"Muitas são trazidas ilegalmente principalmente do Leste Europeu, algumas vêm da América do Sul, de grupos do crime organizado, desviadas da Irlanda do Norte, em consequência do processo de paz. Também muitos soldados trouxeram armas como souvenirs da primeira guerra do golfo e, presumidamente, da segunda."
A americana Joyce L. Malcolm, autora do livro Guns & Violence: the English Experience (em tradução livre, Armas e Violência: a Experiência Inglesa), brinca: "Se a Grã-Bretanha que é uma ilha tem contrabando de armas, imagina o Brasil com tantas fronteiras".
Por isso ela defende o aumento da vigilância das fronteiras como uma das medidas para conter o comércio ilegal de armas.
Correio
Outra origem comum das armas ilegais é o roubo. "São as armas são esquecidas dentro do armário em casa que são roubadas", diz Squires.
James Bevan, pesquisador do grupo suíço Small Arms Survey, diz ainda que as armas roubadas do Exército ou da polícia – ou vendidas por militares e policiais – também suprem o mercado negro.
Armas que foram apreendidas pela polícia e não foram destruídas também são constantemente roubadas, afirma Joyce L. Malcolm.
O Small Arms Survey diz que o tráfico de armas é sempre em quantidades pequenas, às vezes apenas uma por vez.
Em relatório divulgado neste ano, o grupo comenta que a origem de algumas armas causam surpresa. "De 1999 a 2003, a principal fonte de tentativa de importação de armas ilegais na Austrália por meio do correio com armas dos Estados Unidos ", descreve o texto.
O Small Arms Survey calcula que as exportações e importações de pequenas armas movimentam US$ 4 bilhões no mundo.
Os maiores exportadores são Estados Unidos, Itália, Brasil, Alemanha, Bélgica, Rússia e China. Os maiores importadores são Estados Unidos, Chipre, Arábia Saudita e Coréia do Sul.
O grupo critica os governos por não fornecerem informações completas sobre o movimento de armas nos países e os números de apreensões feitas pelas polícias.
Essa falta de transparência, diz o grupo, dificulta uma análise do mercado ilícito de armas. Israel seria o país menos transparente, pela avaliação do Small Arms Survey.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2005/10/051010_desarmamento2as.shtml
FONTE:

DA ONDE VEM TODO ESTE PODER DE FOGO ?


Como armas e munições chegam às mãos de bandidos brasileiros

Em 26 de novembro passado, uma sexta-feira, um tiro de fuzil calibre 7.62 varou as costas, rasgou os intestinos, perfurou o pâncreas e atravessou o abdômen de Rogério Cavalcante, 34, no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. O rombo provocado pela saída da bala não pôde ser costurado pelos médicos, por falta de pele. Seis meses antes, no shopping Cidade Jardim, em São Paulo, assaltantes invadiram a joalheria Tiffany & Co e levaram 1,5 milhão de reais em jóias com a ajuda de pistolas 9 milímetros, escopetas calibre 12 e submetralhadoras. Há 32 dias, modelos idênticos foram utilizados por dez homens encapuzados para invadir a única agência do Banco do Brasil em Boninal, cidade de 13 mil habitantes a 513 quilômetros de Salvador, na Bahia. Os crimes aconteceram em horários diferentes, locais diferentes e de maneira diferente. Mas têm uma coisa em comum: as armas, todas elas comercializadas no mercado negro.

Finalizada em novembro de 2006, a Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou o tráfico de armamentos em todo o território nacional baseada em dados fornecidos pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Federal concluiu que 66% do material bélico contrabandeado para o Brasil vem do Paraguai. "O principal corredor de armas é o Paraguai, não há dúvidas", diz o deputado Paulo Pimenta, do PT do Rio Grande do Sul, que foi relator da CPI. De cada 100 armas em posse de criminosos brasileiros, 29 foram roubadas dentro do país (a maioria de funcionários de empresas de segurança) e 71 chegaram por contrabando, informa uma pesquisa da RCI First Security and Intelligente Advising, empresa de Segurança Privada sediada em Nova York, especializada em análise e gestão de risco, responsável pela construção da maioria dos 120 bunkers que existem hoje no Brasil. Dessas, 5% desembarcam por mar, vindas de outros continentes, 8% vêm da Bolívia, 17% do Suriname e a maioria absoluta, 68%, do Paraguai. Com 6,3 milhões de habitantes, o país, que em 1870 perdeu a guerra para a aliança formada entre Brasil, Uruguai e Argentina, agora importa uma quantidade de armas suficiente para equipar todos os integrantes da população.

Sem violar qualquer lei, 19 empresas paraguaias importam pistolas Glock da Áustria, fuzis AK-47 da Rússia, AR-15 dos Estados Unidos e metralhadoras genéricas da China " que têm coronha de plástico e com frequência apresentam defeitos funcionais que aborrecem os traficantes cariocas. De cada 100 armas que o Paraguai compra, 81 são importadas legalmente, revela a pesquisa. Devidamente embalado e registrado em notas fiscais, esse armamento chega em contêineres pelo porto de Paranaguá, no Paraná, conhecido por especialistas em segurança como o "porto do Paraguai". Dali, o carregamento segue por estradas federais brasileiras até o Paraguai e é entregue às importadoras. O engenheiro Ricardo Chilelli, especialista em Segurança Internacional e diretor-presidente da RCI First, revela que, assim como os chineses monopolizam o contrabando de produtos piratas, os russos controlam o contrabando de armas no continente. "Isso faz com que as estatísticas de exportação se invertam", conta. Só 17% das exportações de armas feitas pelo Paraguai acontecem dentro da lei. A imensa maioria, 83%, é fruto do contrabando.

Mas a máfia russa não comanda tudo sozinha, alerta o jurista Walter Maierovitch, ex-secretário Nacional Antidrogas no governo Fernando Henrique Cardoso. Especialista em criminalidade transnacional, Maierovitch informa que "as máfias russa, italiana, turca, e até facções brasileiras atuam em conjunto no tráfico de drogas e armas na América do Sul". Embora criminosos estrangeiros dominem o vaivém de material bélico no continente, quem se arrisca nas travessias para o lado brasileiro nada têm de europeu. Nessa etapa, existem dois tipos de contrabandistas: aqueles que são encarregados apenas de cruzar a fronteira e os que, além disso, levam o carregamento até as principais capitais do país.

Na fronteira da paranaense Foz do Iguaçu com a paraguaia Ciudad Del Este, por exemplo, esses traficantes são brasileiros que costumam caminhar normalmente pelas ruas, vestem roupas amarfanhadas, usam óculos de grau e falam o tempo todo sobre os míseros 800 reais que ganhariam, em média, caso optassem por empregos regulares. Para garantir o salário maior, entram no Paraguai em busca de armas, mantêm fornecedores fixos e especializam-se no transporte dos produtos para o lado brasileiro. "Armas e drogas atravessam o Rio Paraná em canoas a remo e, na parte alta, em lanchas motorizadas", informa o promotor Rude Burkle, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Foz do Iguaçu. Em solo brasileiro, outros contrabandistas cuidam da entrega das encomendas que, na maior parte das vezes, têm como destinoSão Paulo.

Tudo chega por terra. Ricardo Schneider, inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Foz do Iguaçu, conta que, antes de alcançar a capital, os contrabandistas desmontam as armas e enfiam as peças em bexigas de borracha (daquelas que enfeitam festas de criança) depois de besuntá-las com pó de café e graxa " truques utilizados para despistar os focinhos dos pastores alemães da PRF e os policiais de faro apurado. Também camuflam as armas em caminhões de abacaxi (por causa do cheiro forte), em carregamentos de carvão (que são enormes e dificultam a revista) e em cargas de peixe: se as portas do freezer ambulante forem abertas, os peixes correm o risco de apodrecer. Caso não encontrem vestígios de armas ou drogas, os policiais podem ter de pagar indenizações ao peixeiro ou multa se contaminarem o carregamento.

"Em automóveis, os esconderijos variam bastante", adverte Schneider. "No Uno Mille, por exemplo, é comum esconder armas num fundo falso no porta-malas". Em carros de outras marcas, enfiam as peças no tanque de gasolina para disfarçar o cheiro. Frequentemente serram a lataria, ocultam os armamentos, soldam o ferro e refazem a pintura " como fizeram há alguns meses dois paraguaios em um Mercedes Classe A na BR-277, presos perto de Cascavel, no Paraná. A dupla dizia que estava no Brasil para jogar golfe. Foram flagrados com um rifle Barret ponto 50, próprio para atravessar blindagens.

Olheiros a serviço de traficantes passam o dia monitorando postos policiais instalados nas estradas que ligam São Paulo ao Paraguai. "Como os policiais rodoviários andam todos fardados, é fácil identificar quantos têm no posto e quantos estão na rua", adverte Schneider. Os criminosos localizam as viaturas e informam os comparsas por celular. Também telefonam para os postos para comunicar falsos acidentes. "É preciso acabar com a porosidade na fronteira", diz Schneider. A porosidade é ainda maior em Mato Grosso do Sul. "Só dois homens da polícia militar circulam no lado brasileiro da fronteira de Coronel Sapucaia com Capitán Bado", conta Ricardo Rotunno, promotor de Justiça de Amambai e ex-coordenador do Gaeco em Mato Grosso do Sul. "Lá não há delegados, agentes da Polícia Federal nem da Receita Federal".

Algumas vezes, traficantes e contrabandistas denunciam suas próprias cargas em trânsito nas estradas brasileiras, conta Ricardo Chilelli. São carregamentos com drogas misturadas com produtos químicos e armas de pouca relevância para os bandidos. "Eles desviam a atenção da polícia", diz o especialista. "Enquanto apreendem uma tonelada de maconha, por exemplo, um carregamento de 200 toneladas passa despercebido". Aparentemente exagerados, os números são endossados pelo volume de armamentos apreendidos nos últimos anos pela PRF. Entre 2003 e 2010, 11.035 armas e 768.929 munições foram capturadas. Durante os primeiros 12 dias de ocupação da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, em novembro de 2010, no Rio de Janeiro, 518 armas foram apreendidas " entre elas 140 fuzis. O relatório de conclusão da CPI que investigou o tráfico de material bélico no Brasil informa que há 17 milhões de armas de fogo em circulação no país " 4 milhões em poder de criminosos.

As rotas do contrabando de armas são idênticas às do tráfico de drogas. "As propinas pagas por criminosos a policiais fazem com que os caminhos e os personagens sejam os mesmos", diz Chilelli. A corrupção endêmica permite que um fuzil AK-47 seja alugado em São Paulo por diárias que variam de 500 a 800 reais. Na capital paulista, cinco quadrilhas fornecem o serviço de aluguel das chamadas "armas longas". Um Fuzil Automático Leve (FAL) calibre 7.62 pode ser comprado por cerca de 45.000 reais " três vezes o preço negociado na fronteira com o Paraguai e com outros países da América do Sul (como mostra o Infográfico).

No Rio de Janeiro, o deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL, presidirá a CPI que, aberta em 14 de março, vai tentar descobrir como armas e munições chegam às mãos dos traficantes cariocas.

Segundo Freixo, as investigações não devem se restringir aos problemas na fronteira com países vizinhos. "Há indícios de corrupção nas polícias e falta sincronia entre o Exército e as forças locais", observa o deputado. Daqui a cinco meses a CPI deve ser concluída. E uma série de propostas será feita às autoridades. Em 2006, a CPI do Tráfico de Armas resultou "num conjunto de recomendações ao Poder Executivo e de projetos de lei", diz o deputado e ex-relator Paulo Pimenta. "Todos os projetos estão em tramitação". Concretamente, o pacote de propostas foi responsável pela criação de uma delegacia especializada em tráfico de armas e munições na Polícia Federal e pelo Projeto Especializado em Policiamento de Fronteira, o chamado Pefron " um tipo de policiamento específico que até agora existe em 11 cidades. É pouco se levarmos em consideração a dimensão do contrabando de armas que, nas mãos de criminosos, matam, causam sequelas irreversíveis e agridem a população com prejuízos incontáveis

ESTATÍSTICAS QUE VEM CRESCENDO CADA VEZ MAIS.


UMA BRINCADEIRA QUE REPRESENTA COISAS QUE ACONTECEM POUCO MAIS NAO DEIXAM DE ACONTECER.


 UM TRABALHADOR AS VEZES E TRATADO DESTA MANEIRA ,SEM JUSTIFICATIVA POLICIAIS AS VEZES ABUSAM DO PODER QUE E LI DADO,CLARO NÃO PODEMOS GENERALIZAR MAS NÃO PODEMOS NOS CONTENTAR E ACHARMOS QUE ESTA TUDO EM ÁGUAS CALMAS.

Escutas da PF revelam esquema de policiais corruptos no Alemão


Fantástico teve acesso a gravações que resultaram na Operação Guilhotina.
Caçada aos bens de criminosos inclui armas, drogas, joias e dinheiro.



Policiais militares e civis, acusados de desviar armas, drogas e dinheiro na ocupação no fim de novembro do conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, não dispensavam nada de valor deixado pelos traficantes nas comunidades. O esquema é revelado pelas escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal na Operação Guilhotina, deflagrada na sexta-feira (11), na maior ação contra o esquema de corrupção nas polícias do Rio.
A Polícia Federal começou a investigação sobre o envolvimento de policiais corruptos com o tráfico e milícias a partir de em setembro de 2009. Na época, a PF se preparava para invadir a Favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, mas a missão foi cancelada.

Os agentes descobriram que a operação havia vazado para os traficantes. Os criminosos comandados por Antônio Bonfim Lopes, o Nem, teriam sido alertados por policiais civis e militares.

Com o avanço das investigações a PF descobriu uma extensa rede de colaboradores dos bandidos dentro de batalhões da Polícia Militar e delegacias. Cada grupo de informantes chegava a receber R$ 50 mil quando avisava os traficantes de operações policiais na favela. Também ganhavam para dar proteção a milicianos e à máfia dos caça-níqueis.

A investigação revelou ainda a participação de personagens importantes da segurança pública, como o ex-subchefe de Polícia Civil, delegado Carlos Antonio de Oliveira. O policial, que está preso, é suspeito de apropriação e desvio de armas e drogas apreendidas com criminosos.

Desde janeiro, Oliveira estava cedido à Prefeitura do Rio, como subsecretário de Ordem Pública. Na nova função, segundo a Polícia Federal, continuou fazendo negócios com criminosos.
Outro personagem conhecido é o inspetor Leonardo da Silva Torres. Ele começou a chamar a atenção pelo hábito de fumar charuto nas operações e usar uniforme camuflado. Leonardo, mais conhecido como Trovão, chegou a aparecer num documentário exibido pela BBC de Londres, em 2009. A equipe inglesa registrou o inspetor em ação, numa favela carioca.



NOTICIA ANTIGA MAIS SERVE COMO EXEMPLO,POIS ISTO INFELIZMENTE NÃO VAI ACABAR TAO CEDO.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/02/escutas-da-pf-revelam-esquema-de-policiais-corruptos-no-alemao.html
FONTE-

“De onde vem o policial? Ele vem da sociedade e a sociedade é corrupta. A corrupção está em todo lugar, não podemos falar que só existe na polícia”